Riscos e rabiscos do bloquinho

Mais desenhos do bloquinho.

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Técnica: lápis de cor

Vestidos para noivas e madrinhas, em lápis de cor. Papel Canson 140g/m2.



Sempre em voga

A revista de moda mais importante do mundo tem hoje dezoito diferentes edições no mundo: Alemanha, Austrália, China, Espanha, França, Itália, Rússia, Japão, Grécia, Suíça, Coréia do Sul, México, Reino Unido, Taiwan, Brasil, Estados Unidos, Portugal, Índia e Turquia. Em meio as minhas pesquisas, esbarrei nas primeiras capas da Vogue.

É muito interessante observar o  espaço que deu oportunidade para lançar os primeiros ilustradores de moda, ainda no final do século XIX e início do século XX. Especialmente a edição inglesa, que passou a ser publicada em 1916, trazia verdadeiras obras de arte em suas capas. Nessa época, a Vogue foi o principal espaço da Art Déco.

Segue um pouquinho de arte, desejo e estilo de vida pra vocês.

Charles Dana Gibson (1867-1944)

Gibson nasceu em Massachusetts, Estados Unidos, e ficou famoso por sua Garota Gibson: a representação irônica da beleza e da independência da garota americana do início do século XX, o símbolo que as mulheres tentavam alcançar. O modelo lançou as bases para o estilo usado de ilustração pin-ups.

Charles Dana Gibson teve seu talento reconhecido desde jovem, e estudou na the Art Students League em Manhattan por dois anos, antes de começar a procurar emprego. Seus trabalhos eram publicados semanalmente em revistas como Tim, Life Scribners, Collier's e Harper’s Bazaar por mais de 30 anos. Ele construiu uma sólida reputação profissional, e chegou a ilustrar diversos livros. Em 1895, casou-se com a elegante Irene Langhorne, que serviu como inspiração para a Garota Gibson.

Aposentou-se em 1936, mesmo ano em foi publicada sua biografia: Retrato de uma era desenhado pelo CD Gibson: uma biografia por Downey Fairfax. Morreu em 1944, e foi enterrado no Cemitério de Mount Auburn, em Cambridge, Massachusetts.

Fonte: Artigo Ilustração de Moda: Primórdios a 1990, de Paula Perez Sanches e Wikipedia.

Pesquisa e elaboração de Painel de Tendências

* Raquel, aluna do curso de Desenho de Moda, da Casa das Artes. 2011.

* Georgia, aluna do curso de Desenho de Moda, da Casa das Artes. 2011.

Riscos e rabiscos do bloquinho

Ao longo dos anos, criei o hábito de rabiscar bloquinhos de bolso e criar modelos. Na fila do banco, na sala de espera do médico, esperando meu lanche no restaurante, enfim. Qualquer tempo ocioso servia para pegar o lápis e o bloquinho e treinar, criar e aperfeiçoar o traço. Desse material, sempre brotam boas ideias, que acabam em algum produto comercial. Pelo menos, é um tempo prazeroso e útil para treinar a mão e o lápis.

Ao longo das próximas semanas, vou postar os recortes dos meus últimos bloquinhos, para inspirar todos por aí.

Alphonse Mucha (1860-1939)

Mucha nasceu em Praga, em 1860 e foi, além de ilustrador, designer gráfico. Seus trabalhos mais conhecidos são cartazes para espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França de 1894 a 1900 e uma série chamada Épicos Eslavos, entre 1912 e 1930. Criava cartazes no estilo Art Nouveau, forma de arte que marcou o início do design moderno, constituído de formas orgânicas e motivos botânicos.

Antes da fama, Mucha, que estudava na dependência de mantenedores, ficou à deriva em París, sem dinheiro e sem perspectivas. Nestes tempos difíceis desenvolveu seu estilo e em janeiro de 1895 apresentou-o aos cidadãos quando criou um cartaz para Sarah Bernhardt, conhecida como a mais famosa atriz da história, para a peça Gismonda. Sarah assinou um contrato de seis anos para criação de seus cartazes, cenários e figurinos. Mucha foi um sucesso imediato.

Seu trabalho foi inspiração para muitos artistas, entre eles Henri de Toulose-Lautrec e Eugène Grasset. As linhas de Mucha eram fluídas, espiraladas e os motivos eram bem detalhados. As mulheres desenhadas eram lânguidas, com cabelos esvoaçantes e uma elegância dramática. Muitas mulheres da sociedade tentavam imitar o estilo e as roupas das mulheres retratadas por Mucha.

Alphonse Marie Mucha é mais conhecido como o artista gráfico da Art Nouveau, de estilo inconfundivel e referência de toda uma "Belle Epoque". Entre 1880 e 1920, utilizou a fotografia como meio de estudo para suas ilustrações e com a sensibilidade visual amealhou um trabalho consistente também na fotografia.

Em abril de 1913, Mucha viaja para a Rússia com a intenção de coletar material para sua pintura da proclamação do Tzar Alexander II, que faria parte de sua série de Épicos Eslavos. Mucha se impressionou com o que chamou de Relíquia de Sociedade Medieval co-existindo em "pleno" século XX ! Grande parte das fotografias estragaram-se, restando muito pouco, mas nem porisso, menos consistente, esta notável reportagem social. Mucha também foi um fundador do DG-09 criando o grupo dos WOLFS um dos mais consagrados da ESPAV escola secundaria padre António Vieira .

Sua fama se espalhou ao redor do mundo e as várias viagens à América resultaram em capas e ilustrações em uma variedade enorme de revistas americanas. No final da década, ele estava preparado para começar o que ele considerava o trabalho da sua vida, o “The Slav Epic“, uma série de grandes pinturas narrando acontecimentos importantes da nação eslava. Vinte telas foram criadas e apresentadas para a cidade de Praga em 1928. Cobrindo a história dos povos eslavos da pré-história ao século XIX. As telas foram apresentadas na Europa e na América, e fez grande sucesso. Quando os alemães invadiram a Tchecoslováquia, ele ainda era influente o suficiente ser uma das primeiras pessoas que prenderam. Ele voltou para casa depois de uma sessão de interrogatório da Gestapo e morreu pouco depois em 14 de julho de 1939.

Fonte: Artigo Ilustração de Moda: Primórdios a 1990, de Paula Perez Sanches

Moulage Artistico - Desenho de Moda no Centro Cultural Casa das Artes

* Turma 1, dezembro de 2010.

Eliane, em seu momento criativo.

 

Priscila, inspirando-se.

Thais,     alfineta daqui e prende dali.

Concentração total. 

Carolina, desenvolvendo seu modelo.

 

Croqui do modelo.

Rita, très chic.